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Mostrando postagens de setembro, 2024

SETE FACES DOS POEMAS de CLÁUDIO MANOEL DA COSTA em SONETOS

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INQUIETAÇÕES, INCONFIDÊNCIA E ITABIRISMO FONTE DA IMAGEM: AMAZON   Qualquer amante da literatura, sobretudo dos versos, não tão douto no assunto, teria dificuldade de entender alguma relação entre Cláudio Manoel da Costa e Carlos Drummond de Andrade, para além da mineiridade entre eles.   No entanto, o artigo de Tânia de Assis Silva Capla, Inquietações em Cláudio Manuel da Costa e Carlos Drummond de Andrade: Presságios decoloniais nas poéticas árcade e moderna? publicado em Travessias Interativas, nº 28, volume 13, 2023. Para a pesquisadora do Arcadismo e do Modernismo vê na obra dos dois poetas mineiros algo em comum: a leitura de ambas as poéticas sugere sentimentos de inquietude, o que nos remete ao caráter questionador característico da concepção do pensamento decolonial.   “Passados quase dois séculos desde que Cláudio se engaja em funções acadêmico-políticas e torna-se o poeta inconfidente, motivado pelo inconformismo diante da rusticidade da pátria colonizada, ...

À SOMBRA DE UM CEDRO EU SENTEI E LI: A SEGUNDA MORTE DE SUELLEN ROCHA de CLÁUDIA LEMES

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 FLORES, FALCATRUAS E FANATISMO   SÉRIE: À SOMBRA DE UM CEDRO EU SENTEI E LI OBRA: A SEGUNDA MORTE DE SUELLEN ROCHA AUTORA: CLÁUDIA LEMES EDITORA: AVEC ANO 2020 E-BOOK ADQUIRIDO NA AMAZON. TULIPAS FONTE: GLOBO RURAL A Segunda Morte de Suellen Rocha é o quarto livro de Cláudia Lemes que degusto com sangue nos olhos. Mas é um primeiro que resenho. Antes eu lia, mas não me atrevia escrever sobre o que senti ao ler. Lemes é uma excelente escritora de thriller nacional. Depois de Um Martini Com O Diabo, Eu Vejo Kate I e Eu Vejo Kate II, A Segunda Morte de Suellen Rocha não desperta inicialmente muito frisson. Mas com o tempo tudo vai fazendo sentido e as peças vão se encaixando. AMARILIS FONTE: BLOG DA COBASI A sensação primaveril inicial é florescida com as tatuagens que as quatro jovens, Mariana, Dafne, Suellen e Cacau (Maria Cláudia) fazem em um estúdio de tattoo na cidade vizinha a Jeperi, Mamarapá. Ambas, pequenas urbes fictícias no interior paulista. A partir da mor...

À SOMBRA DE UM CEDRO EU SENTEI E LI: TORTO ARADO de ITAMAR VIEIRA JUNIOR

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ENCANTADOS, CAVALOS E DESENCANTOS FONTE DA IMAGEM: https://www.deviante.com.br/ SÉRIE: À SOMBRA DE UM CEDRO EU SENTEI E LI LIVRO: TORTO ARADO AUTOR: ITAMAR VIEIRA ASSUNÇAO EDITORA: TODAVIA 1ª Edição (2019)   Torto Arado de Itamar Vieira Junior trafega entre o épico e o lírico, em um romance tecido de luta, resistência que nos conduz para a nossa história esquecida dos livros didáticos oficiais. Em certas situações o romance me lembrou O Cortiço. Seria Torto Arado um cortiço rural. Em certo aspecto, sim. O realismo fantástico de Itamar Vieira Junior não serve de escape do naturalismo de Aloísio Azevedo. O realismo fantástico resgata a religião do Jarê, um puro suco, só para usar um termo atual, de sincretismo religioso que une matizes africanas, indígenas com o cristianismo trago da Europa. Em Água Negra, a religião serve de resistência aos desmandos em uma situação que beira ao servilismo. A parte final do livro, aparece o crescente evangelismo trago pela senhora da fazenda, e...