ENTREVISTA COM A BANDA TRAILLER LANCHES
EM UM DRAKKAR COM DUAS SUECAS
ENTREVISTA COM A BANDA TRAILLER LANCHES PUNK ROCK
Dentro da pesquisa que estamos desenvolvendo para o pretenso
livro Caparaó Underground objetivando registrar a realização da Turnê União Underground
ocorrida em 2016, e a sua segunda etapa em 2023, há uma seção chamada Palcos em
que abordaremos alguns dos lugares em que seções da turnê ocorreram.
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| FONTE: ARQUIVO PESSOAL |
O Drakkar Rock Bar, em Cachoeiro do Itapemirim é um destes
palcos onde ocorreu em 2023 o início da segunda Turnê União Underground em
agosto de 2023.
De propriedade de Marcelo Capilé, da banda Ravengar, o
Drakkar sempre apresenta shows do cenário underground, e no dia 29 de janeiro deste
ano, contou com duas bandas suecas, a Vicious Irene e Contorture, em seu palco,
com participação do Ravengar e Trailler Lanches Punk Rock, de Castelo.
Confira a entrevista com a banda Trailler Lanches sobre este
momento ímpar para o cenário underground do sul capixaba.
PARTE I: SOBRE O SHOW DO DIA 29 DE JANEIRO DE 2025 NO
DRAKKAR
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| FONTE:instagram.com/drakkarrockbar |
A presença de duas bandas suecas fez do dia 29 de janeiro de
2025 um dia histórico para o Drakkar. Vocês também estiveram tocando com
Vicious Irene e Contorture, além de Ravengar, banda do proprietário do bar,
Marcelo Capilé. Qual a importância deste momento para a banda Trailler Lanches?
A oportunidade desse breve intercâmbio com bandas de outro
país foi incrível. Poder trocar ideia sobre como são as coisas na Suécia e
aprender com as histórias de quem já está há mais de 20 anos na estrada.
Vocês já estiveram outras vezes tocando no Drakkar? Se sim,
em algum evento especial?
Sim, nós já tocamos algumas vezes no Drakkar. Tivemos a
chance de abrir pro Test e foi um momento muito especial pra banda.
E com bandas gringas, já aconteceu de vocês tocarem no mesmo
show?
Não. Foi nossa primeira oportunidade de tocar com bandas de
outro país.
Do que vocês gostaram na apresentação da Vicious Irene? E na
apresentação do Contorture?
Gostamos das melodias do Vicious Irene, tanto as
guitarristas quanto a baixista cantam, e do Contorture do som agressivo e do
vocal pesado. Ambas as bandas usam baixo distorcido, o que nos soou
interessante.
Vocês viram alguma semelhança entre o punk feito por vocês
com o punk das duas bandas suecas? E as diferenças?
As bandas suecas têm um som mais complexo e agressivo. O
Trailler Lanches é mais simples e é um pouco mais lento, e sempre tem um refrão
que canta o nome da música. Hahaha!
PARTE II – SOBRE A BANDA TRAILLER LANCHE
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| Trailler Lanches no Cultural Rockachu 2024 |
Pelo release de vocês no Spotify, a banda começou em 2005.
No instagram há menção de uma volta em 2022.
Por quanto tempo a banda ficou parada e por que?
A banda nasceu no dia 15 de maio de 2005, nós éramos
estudantes da Escola João Bley, em Castelo. A formação era Alex Mesquita
(guitarra e vocal), João Hélio Libardi (baixo e vocal) e José Pereira de Matos
(bateria), tivemos essa formação até meados de 2008 quando nosso baixista saiu,
continuamos com amigos “quebrando galho” no baixo e em meados de 2009 o nosso
baterista saiu e a banda acabou.
13 anos se passaram, o baterista original propôs uma
reunião, para tocarmos num evento importante para a música independente de
Cachoeiro, chamado Autoral Fest. Foi incrível relembrar aqueles 4 anos da banda
nessa apresentação. Então decidimos continuar com a banda, um ano depois o
baterista original deixa a banda novamente, nosso baixista (Gustavo Gonçalves
Lima) vira nosso baterista e chamamos mais uma pessoa (Gustavo Daltio) que
gosta do som que a gente faz para ser nosso baixista.
Por que o nome Trailler Lanches?
Eu (Alex) costumo falar que a gente viu esse nome e achou
tão doido e sem sentido que decidimos adota-lo para nome da nossa banda, mas a
verdade é diferente.
Em 2004, um dia antes de eu me mudar de Nova Venécia para
Castelo, estávamos reunidos na casa de um grande amigo, Rodolfo Geraldo
Alexandre, para uma conversa de despedida. Foi quando um amigo chamado Sidney
Kalk, de Vila Pavão, mencionou que teve uma banda chamada Trailler Lanches, e
que ela tinha acabado já há um bom tempo. Disse também que ficaria contente se
eu fizesse uma banda com esse nome pois percebeu que eu havia gostado muito do
nome.
Alguns meses depois, Sidney morre em um acidente
automobilístico em Nova Venécia e eu decido propor o nome Trailler Lanches para
a banda que estava prestes a formar, em Castelo, como uma homenagem.
Como é a cena underground em Castelo?
Havia uma cena underground em Castelo entre 2005 a 2009,
quando tentávamos angariar mais fãs de rock para fazermos eventos e trazer
bandas para que Castelo entrasse no circuito underground. Isso funcionou nos
anos mencionados, mesmo de forma tímida e com pouca expressão. Mas conseguimos
fazer alguns eventos e trazer bandas do sul do estado. Hoje não existe cena em
Castelo, nenhum resquício.
Atualmente a banda é composta por quais músicos?
Alex Mesquita (Japa) – Guitarra e Vocal
Gustavo Gonçalvez – Bateria
Gustavo Daltio – Baixo e Vocal
E as expectativas para 2025, 20 anos da banda, como estão?
Esse ano, pretendemos gravar mais um EP com algumas músicas
antigas que não entraram no primeiro EP, além de músicas novas. Também vamos
investir na produção de mais camisas banda, já que tivemos uma demanda boa na
primeira leva. Além disso estamos focando em tocar também em locais onde a
banda ainda não esteve pra espalhar a palavra do Trailler Lanches. Hahahhahahah!
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