CONTO 001 de 666: O BARRIL DE AMONTILLADO de EDGAR ALLAN POE (HISTÓRIAS SOMBRIAS)

 

CONTO 001 DE 666
 
SÉRIE: 666 CONTOS EM ANTOLOGIAS TREVOSAS
CONTO: O BARRIL DE AMONTILLADO
AUTOR: EDGAR ALLAN POE
ANTOLOGIA: HISTÓRIAS SOMBRIAS
ORGANIZAÇÃO: RÔ MIERLING
EDITORA: ILLUMINARE

 
 
Imagem retirada da internet

INSULTO, DISSIMULAÇÃO E PRATO FRIO

 
"O barril de Amontillado" por Edgar Allan Poe, é um conto inspirado em eventos verdadeiros que aconteceram em Castle Island, um antigo forte militar fora do Porto de Boston, em Massachusetts. Quando Poe foi postado lá como jovem cadete no Exército, ele encontrou uma lápide peculiar. Depois de alguma investigação, ele aprendeu a história de um homem que tinha sido murado vivo. Proibido por seu comandante para sempre repetir os detalhes, Poe tomou a trama, mudou o cenário e personagens, e escreveu "O barril de Amontillado".
 
Uma vingança arquitetada nos seus mínimos detalhes. Este é o mote do conto-mestre para abrir o primeiro tomo de seis do projeto 666 Contos em Antologias Trevosas.
 
Já de cara o narrador-protagonista deixa claro que jurou vingança. O motivo seria o insulto sofrido, vindo de Fortunato. Ambientado na Itália, o espaço das catacumbas e o tempo carnavalesco compõem a ambientação do conto.  

Segundo o site Storyboardat, o conto foi inspirado em eventos verdadeiros que aconteceram em Castle Island, um antigo forte militar fora do Porto de Boston, em Massachusetts. Quando Poe foi postado lá como jovem cadete no Exército, ele encontrou uma lápide peculiar. Depois de alguma investigação, ele aprendeu a história de um homem que tinha sido murado vivo. 
 
Um mal não está reparado se alguma represália recair sobre quem o repara. Como não está reparado se o vingador não puder se revelar a quem cometeu o mal.”
 
Como diz a canção Pra Ser Sincero do Engenheiros do Hawaii: Crimes perfeitos não deixam suspeitos. Montresor prepara sua vingança com detalhes. Vai usar o calcanhar de Aquiles de Fortunato, o orgulho, a fim de atraí-lo para dentro da sua arapuca.
 
O diálogo entre o dissimulado e o arrogante é um jogo e palavras e reações comandado por Montresor deste o encontro no carnaval até o momento a pedra final na parede do enredo.
 
Montresor é tão despeitado com as pessoas que aposta na traição até dos seus empregados ao sair dizendo que não voltaria até a manhã do dia seguinte, na certeza que todos sairiam para o festejo carnavalesco e a casa estaria sem olhos e ouvidos humanos para testemunharem os últimos passos de Fortunato.
 
“Nemo me impune lacessit”
“Ninguém me fere impunemente”
 
 
Embebedando o corpo e espetando a mente sempre mencionando o nome de outro enólogo, fingindo preocupação com a saúde da sua presa, o arrogante da pior categoria por confiar piamente no seu plano ardiloso, Montresor vai sentindo que Fortunato já está preso em sua teia. E assim foi conduzindo a trama para o desfecho final.
 
O leitor não pergunta o que vai acontecer, mas como vai acontecer. E Poe, o mestre dos contos de suspense, nos presenteia em um conto curto com sua maestria superior. Ele não nos nocauteia com os punhos fechados, mas com a mão ardilosa nos embaralhando a compreensão com os detalhes, como a menção aos maçons (pedreiros) e o tilintar do guizo da fantasia de Fortunato.
 
O conto traz para o seu enredo, como nenhum outro, a ditado popular que diz que vingança é um prato que se come frio.

OBRIGADO PELA LEITURA!


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